quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Empresas enfrentam o desafio de conciliar o conservadorismo de executivos veteranos com a ousadia de jovens talentos


Durante muitas décadas, definiu-se geração como sendo aquela que sucedeu a seus pais. Portanto, “calculava-se como sendo uma geração o tempo de 25 anos”, diz o educador Mário Sérgio Cortella. “A questão é que, nos últimos 50 anos, nós tivemos uma aceleração do tempo, do modo de fazer as coisas, do jeito de produzir. A tecnologia é decisiva para criar marcas de tempo”, completa Cortella. O intervalo entre uma geração e outra ficou mais curto. Hoje, já se pode falar em uma nova geração a cada dez anos. Isso significa que mais pessoas diferentes estão convivendo em casa, na escola, no mercado de trabalho.

Para conhecer as gerações que, hoje, são colegas de trabalho, nós agora vamos voltar na linha do tempo. Nos acontecimentos de cada época, está a chave para entender a cabeça de cada geração.

Geração "baby boomers"

Chegamos à metade dos anos 40. Terminou a Segunda Guerra Mundial, e nasceu uma geração. Nos Estados Unidos, com a volta dos soldados para casa, muitas mulheres engravidaram. Houve um "boom" de bebês. Por isso, a geração que aí começou é chamada de "baby boomers". “Uma geração que disse ‘eu não quero mais a guerra, eu quero a paz, eu quero o amor’”, afirma Eline Kullock, presidente do Grupo Foco.

Geração X

Regime militar no Brasil. Segunda metade dos anos 60. Década de 70. O Brasil vivia censurado pela Ditadura, mas um pouco depois, na década de 80, eram jovens e assistiam às Diretas Já. É a geração X. Quem é da geração X conheceu a Aids e ficou com medo dela, que levou Cazuza. Pintou a cara para derrubar o presidente. Viu a tecnologia entrar de vez em casa. Pagou com cruzeiro, cruzado, cruzado novo.
Geração Y
A geração seguinte cresceu num país que já era uma democracia e uma economia aberta. Nos anos 90, o Brasil foi melhorando e sendo respeitado depois do plano Real, e a internet abriu as portas do mundo para a geração Y.

“Esse é um profissional mais voltado para ele, para o prazer. Ele não quer um trabalho sisudo, um trabalho fechado. Ele não quer um chefe que diga para ele somente o que ele deve fazer, ele quer participar”, diz Eline.

[Adaptado de entrevista do educador Mário Sérgio Cortella ao Jornal da Globo]
Sinergia
A experiência e a possível maturidade dos "mais velhos", somadas ao volume de informações e o expertise dos "mais novos" no manejo das tecnologias dos nativos digitais, têm sido responsáveis por resultados expressivos e pela capacidade de inovação de algumas organizações. Por outro lado, a falta dessa coexistência sinérgica leva a uma perda de energia e de recursos que impacta de forma negativa os resultados... O desafio é entender estes diferentes códigos, buscar os pontos de convergência, trabalhar no sentido da complementaridade entre as diferentes gerações, identificando onde e como cada geração poderá contribuir mais e melhor... Por que tão injusto quanto tratar pessoas iguais de forma diferente será tratar pessoas diferentes de forma igual.

As afirmações são de Denize Dutra, Mestre em Administração Pública pela EBAPE - FGV, Psicóloga Organizacional com Pós-Graduação em Gestão Empresarial e Educação, Coordenadora do MBA Gestão de Pessoas e Professora da FGV MANAGEMENT. [Administradores]



Video disponivel em: http://www.youtube.com/watch?v=tLd9sB3x2JA

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